José Angelo da Silva Campos
Nasci por uma graça Sua .
Nas mãos dos que me receberam, sem como resistir ,
Aprendi a crer no amor que na caridade se apresenta.
Cresci lançando-me inocente nos braços do mundo , tão igual e tão diferente ;
Que calejou-me o sentimento no atritar dessa desinteligência .
Fez em pedra um coração na dor da morte da inocência .
Questiono até Sua existência .
Busco no dia a razão da noite ,
No esgrimir desses duelos ;
No fio cortante da nossa incúria , ora algoz , por vez a vítima .
A solidão premia a peleja .
Surge ofuscante donde menos espero.
No olhar piedoso daquele rosto sofrido, entre tantos inominados que vampirizo,
Nas ações automáticas do meu labor .
Vi-me estatelado ao chão que me sustenta ,
Ao perceber que perto das minhas mãos há quem carece
Hei de renascer para , inocente ,
No afago amoroso da caridade
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