segunda-feira, 28 de maio de 2012

A CESAR O QUE É DE CESAR E A DEUS O QUE É DE DEUS


“A Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é deDeus.”

José Angelo daSilva Campos



Contra a maldade dos Fariseus, a Sabedoria de Jesus.

Esta pequena frase, de forte efeito, em suas interpretações produziria uma verdadeira enciclopédia. Mas, focando na realidade atual, no momento em que nos propomos a participar, seja espontânea ou obrigatoriamente, do exercício da democracia, dissertamos com base em alguns dos efeitos dessa Palavra que Salva.

César, hoje, representa o império do poder gerido pela corrupção, alimentado pelo descaso, fortalecido pelo egoísmo e pelo individualismo, sustentado pela negação da graça e pelo recurso da omissão.

A pergunta da época poderia, hoje, ser feita da seguinte forma: Com tanta corrupção e desmando, o voto e a candidatura política são expressão de cristandade?

Parodiando a resposta de Jesus, poderíamos dizer: À corrupção os corruptos, a Deus o povo que Lhe pertence.

Somos chamados a participar do plano de Deus, e desde o início o nosso Criador concedeu-nos o direito à liberdade e ao discernimento. A nossa participação no plano de Deus, sempre foi condicionada à nossa adesão voluntária.

A história narra que toda a obra que participamos foi dependente de um SIM. O sim mais significante foi dado por uma Mulher, que resgatou a dignidade da nossa existência trazendo ao mundo a nossa Salvação, o Filho de Deus.

Jesus jamais obrigou-nos a desejar a salvação. Sempre respeitou a nossa liberdade, infundindo em nosso meio o amor ao próximo, o compromisso com a coletividade. “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti.”(Jo 17,21).

O exercício do amor ao próximo nos conduz à vida em comunidade, que no seu sentido literal traduz união e faz de cada membro um cidadão, portanto ser cristão tem tudo a ver com cidadania.

Sendo assim, que os corruptos, unidos aos corruptores, acertem-se com a justiça dos homens e busquem, enquanto é tempo, redimirem-se e serem agraciados com a misericórdia divina.

A nós cristãos verdadeiros, resta a responsabilidade com o plano de Deus, evangelizando com a nossa conduta de vida, disseminando o amor ao próximo, transmitindo aos nossos irmãos menos cultos a importância da escolha dos nossos dirigentes e da participação consciente no exercício da democracia, dar valor verdadeiro ao voto, momento único e decisivo, da manifestação da opinião direta do nosso povo, o povo de Deus.


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