quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MANIFESTO REPUBLICANO
José Angelo da Silva Campos
No meu silêncio assisti entusiasmado o envolvimento fascinante dos usuários do facebook na nossa maior manifestação de cidadania, o pleito eleitoral.
Quebro meu silêncio para conclamar a todos que dêem sequência ao debate e que ele não fique restrito a esse período.
Os excessos cometidos por alguns, ficam na conta da paixão. Mas a arte do debate sai, com certeza, vitoriosa.
“É pois, — começou o Africano, — a República coisa do povo, considerando tal, não todos os homens de qualquer modo congregados, mas a reunião que tem seu fundamento no consentimento jurídico e na utilidade comum. Pois bem: a primeira causa dessa agregação de uns homens a outros é menos a sua debilidade do que um certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum.(...) – da obra DA REPÚBLICA de Marco Túlio Cícero – 51 AC

A República clama, a liberdade aspira e a democracia incita todos ao debate, mesmo que filosófico (por que?), para que o apoio comum nos torne verdadeiramente responsáveis pela coisa pública.
É esse sentido de responsabilidade (o que eu tenho a ver com isso?), que como do nada nos envolve numa discussão, muitas vezes sem sentido, sobre o que é melhor para a sociedade.
A República exige de nós essa participação ativa. Uma participação que estamos aprendendo aos poucos como exercê-la.
Não nos esqueçamos dos corajosos cidadãos que expuseram sua imagem para que o teatro da vida real acontecesse.
Não importa a formação, a República se abre desde o analfabeto ao doutor e mestre; não importa o sexo ou opção sexual; não importa a etnia; não importa a condição financeira ou social.
São todos eles os verdadeiros representantes do povo. Dentre eles há o honesto, mas há também o desonesto e mal intencionado.  
A democracia lança a sorte ao julgo do povo.
Esse é o momento de agir com juízo de valor.
O debate não pode parar.
Que os cidadãos, em especial os jovens, dêem prosseguimento ao debate de idéias, seja no facebook, mas que ali não fique restrito. Expanda-se a discussão para as salas de aula, reuniões das comunidades e associações, na praça pública.
A participação na formação das idéias e na discussão dos valores éticos inerentes à coisa pública deve aguçar o nosso desejo em participar, participar de verdade, dos Conselhos Municipais.
Os Conselhos Municipais representam a ação direta do poder do povo na administração Pública.
Que a nossa voz não se cale jamais.
A República agradece.

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